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“And Sometimes I Get Nervous...

“And Sometimes I Get Nervous... When I see an open door” – The Killers




Eu amo The Killers.

Considero-os uma banda sensacional, com músicas extremamente inteligentes e, principalmente, músicas com conteúdos. Dentre muitas, eu tenho escutado bastante ‘Human’, tanto que é o título dessa postagem. Sugiro que quem nunca tenha lido a letra, dê uma olhada. Os versos são bem elaborados e acho que ela é cheia de significados. Na verdade, eu acho que esse álbum deles, em particular, é cheio de significados profundos ou superficiais. Todas as músicas passam uma mensagem.

Não tenho muito que escrever hoje. Festa da família em casa, e eu virei Severino (Quebra-Galho). Impressionante a quantidade de primos pequenos que estão presentes. Quando eles nasceram que eu não vi? O engraçado é que eles todos têm a mesma cara e são engraçadinhos, mas sei lá, eu não os conheço, e mal tive contato com seus pais, que também são meus primos. Digamos que sempre fui meio solitária. O que era de se esperar, pois por muito tempo fui a caçula da família, em outras palavras, mimada pelos tios e desprezada pelos primos mais velhos ciumentos. É engraçado, por que hoje eu me tornei uma prima mais velha, e acho que ciumenta também. Só que é complicado pensar nisso, afinal, sempre as pessoas fizeram as coisas pra mim e não o contrário. E agora?

Pelo menos as crianças não exigem muito. Quer dizer, acho que eu dou um pouco de medo nelas. Também, o meu pai é a ovelha-negra da família. Ele tem aquele semblante fechado e taciturno, homem de poucos sorrisos e poucas palavras. Isso socialmente, claro. Por que entre nós, ele é um comediante e o meu melhor amigo, vive rindo e fazendo piadinhas de coisas ínfimas. Mas é a vida, talvez eu tenha puxado pra esse lado dele, você sabe, de ser fechada quando em volta de muitas pessoas, e só se mostrar amistosa e divertida quando entre os entes queridos e conhecidos. Eu nem consigo me imaginar fazendo piadinha no meio de uma multidão que nunca vi na vida. Tem gente que consegue, parabéns.

Enfim, provavelmente eu soei mesquinha lá em cima, ao dizer que as pessoas sempre fizeram as coisas pra mim e não o contrário. Mas eu estou sendo realista. Fui muito mimada por todos os meus parentes. A caçulinha rechonchuda e espertinha, de bochechas apetitosas, que falava pelos cotovelos sobre nada com nada. Humilhante relembrar a infância, mas é preciso. Eu nunca precisei cozinhar, por que perguntavam se eu estava com fome e faziam meu lanche, nunca precisei lavar a roupa, minha mãe colocava na máquina, nunca precisei limpar a casa, mamãe e alguém de fora faziam isso. Acho que o máximo era arrumar meu quarto.

Acredito que isso seja comum com pessoas que foram caçulas por muito tempo, e ainda por cima são filhos únicos. Há uma super proteção em volta de você, que a maioria não gosta, mas eu era completamente a favor. E então você cresce, e de um dia para o outro querem que você apronte um almoço, limpe a casa e ainda cuide de seres menores que você, seus primos que nasceram, sem reclamar, claro. E quando você reclama, eles dizem que você foi muito mimada. Ora, eles quem mimaram você! É mole. Eu sei do que eu falo, por que eu passo por isso todos os dias, e é complicado. Mas a gente aprende aos trancos e barrancos. Fazer o quê. A não ser que você seja muito rica, um dia as pessoas vão parar de mimá-la e te largar para você se virar sozinha. Uma etapa do crescimento, e apesar dos pesares, é necessária.

Afinal, todo mundo quer ser independente um dia, mas ninguém quer abrir mão do luxo e da comodidade. Pena que na maioria dos casos, essas coisas não andam juntas. Ou você é independente, ou você passa a vida acomodada. Preceitos da sociedade capitalista, onde o trabalho enobrece. Enobrece quem, eu pergunto? Por que os sistemas podem ter mudado ao longo dos séculos, novas descobertas, novos ramos de estudo e muitas outras inovações. Acho que o céu até pode mudar de cor, mas uma coisa não vai mudar: Sempre vai ter a maioria que trabalha pesado, e a minoria que pratica o ócio e colhe os frutos da outra parte. Ces’t la vie.

Acredito que essa foi uma postagem de nada com nada.

Até a próxima,

Heather D.

Obs: Ah. Sim, por favor, nada de ataques cardíacos. Eu estou de volta com o blog. Até quando, não sei. Mas em breve realizarei reformas. Não aguento mais esse layout da Alexis Bledel.

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