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Resenhando: Retrato do Meu Coração [Desafio Fuxicando - Março]




Título: Retrato do Meu Coração

Autora: Patrícia Cabot

Editora: Record

Páginas: 378

Classificação: ♥♥♥♥


Sinopse: No passado, a desengonçada Maggie Herbert vivia às turras com os meninos, entre os quais o futuro duque de Rawlings, mas tudo se resumia a provocações e brigas. Agora adultos, eles se reencontram. Porém tudo parece conspirar contra a paixão recém-descoberta. Será que os jovens conseguirão vencer preconceitos - dos outros e os próprios - em nome do amor?

Eu li esse livro bem no início do mês, mas confesso que só consegui fazer a resenha por agora, pra vocês terem noção de como as coisas andam um pouquinho corridas. Enfim, mais um livro pro desafio Fuxicando sobre romances históricos! Esse foi mais divertido que o do mês de fevereiro, o da Deborah Simmons. Confesso que eu achei exagerado o romance nele com toda aquela coisa de o cara ir quase se matar lá pela Índia para ser digno de valor e não esquecer da tal amada, mas não exagerado a ponto de ser água com açúcar. Entretanto, vamos por partes.

Em primeiro lugar, o que falar do Jeremy Rawlings, um dos personagens principais do livro? Por favor, ele foi escrito pela Meg Cabot (a.k.a: criadora do meu eterno marido literário, Michael Moscovitz). No início do livro ele é um verdadeiro playboy boêmio do século XIX, não quer saber de nada sério, e muito menos de qualquer coisa que tenha haver com suas responsabilidades como Duque de Rawlings. Mas ele reencontra a Maggie Herbert, amiguinha (ou inimiguinha) de infância dele e se apaixona por ela pelo simples fato de tê-lo rejeitado. Na verdade, eu não acho que ele tenha se apaixonado por ela, prefiro definir o sentimento dele como obsessão pela garota que o rejeitou e que o humilhava quando eram crianças. Claro que mais pra frente do livro, ele de fato vai amá-la, mas né, não é bem um livro romântico água com açúcar, como já falei lá em cima. Enfim, ele acaba amadurecendo bastante depois de servir no exército, mas ainda mantém as características de menino-irritante-que-amamos.

Agora a Maggie Herbert... Gente, eu gamei nela. E olha que eu que costumo desgostar de personagens femininas por acha-las muito caricaturadas nos livros de romance. Mas ela é uma personagem forte, irreverente e até mesmo escandalosa para os padrões da época do livro, ainda que mantenha um ar de ingenuidade. Ela é uma artista e quer viver da arte, o que era uma coisa mal vista no período, é claro, mas não tem aquele estereótipo de artistas boêmios e devassos que geralmente costumam haver nos livros. Não sei, acho que rolou uma identificação com o jeito como ela enxerga as coisas, ainda que seja de forma obtusa em alguns momentos. Dos demais personagens do livro, só os tios do Jeremy que são uns fofos, mas porque o primeiro livro, A Rosa do Inverno, conta a história deles. Sim, é aquele livro que a “Mia” escreveu no Diário da Princesa. Os demais são interessantes, mas são pano de fundo mesmo, inclusive a princesa indiana que fica perseguindo o Jeremy por Londres, a tal estrela de Jaipur e o noivo francês da Maggie. E tem também a família dela, que ela não mantêm contato porque eles, evidentemente, rejeitam a vida "devassa" de Maggie como pintora.

A qualidade da escrita do livro é sublime. Muito esmero nas descrições dos locais, dos gestos e do convívio social da época, acho que a Meg fez uma bela pesquisa antes de escrever esses livros dos Rawlings. E eu senti uma diferença dantesca dos livros infanto-juvenis dela, neles costuma haver muito mais diálogos e narrações rápidas do que as pausas para a ambientação que tem nos livros históricos. Mas, acredito eu, que apesar disso, a Maggie é uma personagem muito travessinha para a época em que ela está inserida. A trama em si eu confesso que achei fraquinha, se comparado com o Rosa do Inverno, mas também não prejudica porque o foco do livro é o envolvimento dos personagens principais. Sabemos que muitos romances históricos só se utilizam da época como pano de fundo do romance em si.

No mais, não vou detalhar o livro porque perde a graça. Minha classificação é quatro estrelas por não ter nada demais nele, não que ele seja ruim. É uma leitura gostosa, bem leve e divertida. Ah, e achei a capa linda!

3 comentários:

  1. Angela Ferreira da Silva6 de abril de 2014 às 08:00

    Adorei a resenha , gostaria de ter a facilidade que você tem para resenhar livros , estou com um aqui mais fico insegura para resenhar rsrsrs

    bjs

    http://falandodtudoumpouco.blogspot.com.br/

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  2. Ain, obrigada! Eu não ache que resenhe tão bem assim, mas acredito que já melhorei bastante, comparando a primeira tentativa. Tens que arriscar! Só a prática funciona! :D

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  3. Obrigada! :D Ah, lê sim e depois me conta. Mas não esquece que tem o primeiro livro Rosa de Inverno, só se quiseres ler desde o início, mas nem implica muito nesse, na verdade. Bjs!

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