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Infelicidade em tempos de Internet



Se você tem facebook, a chance de você passar por momentos de tristeza sem razão são bem grandes. A melhor e maior rede social no momento, que bomba em todos os cantos do mundo (menos na China), onde a gente encontra nossos melhores amigos, aqueles colegas de escola que você queria ter encontrado (ou não), e ainda por cima pode stalkear quase livremente todo mundo, pode ter um pouco de responsabilidade na nossa solidão internautica.

Seria cômico, se não fosse um pouco trágico. E pareceria balela, se alguns estudos já não apontassem para esse fato que, com um pouquinho de reflexão, a gente chega a conclusão que é bem verdade. Quantas vezes depois de ver aqueles check-ins do 4squase ou aquelas postagens live do instagram de alguém na sua timeline, você se sentiu meio isolado? Como se todo mundo tivesse uma vida muito divertida, menos você? Ou quando você resolveu dar uma bisbilhotadinha naquele colega de escola e descobre que ele parece estar com tudo em cima, fazendo o maior sucesso. Se for mulher, bem no estilo Jennifer Garner em “De Repente 30”, linda, rica e bem-sucedida? Enquanto você ainda está a las aulinhas de inglês, para parafrasear Legião.

É triste, eu sei. Também sinto isso.

Mas, por mais estranho que pareça, e improvável também, a perfeição de vida do facebook é uma grande mentira. Do tipo como todo mundo que faz look do dia no blog mas não sai na rua daquele jeito. Quer dizer, deve ter gente que sai sim, mas bitch, please... Nada contra os blogs de moda e de it-girls, eu curto eles. Sigo um monte e adoro comentar. Só estou falando o óbvio que ninguém gosta de dizer. Enfim, todo mundo tem problema. Daquela pessoa que não posta muito fotos de baladas até àquela que posta. Eis aqui um palpite: provavelmente a Miss/Mister baladas tem muito mais problemas que você, que tem tempo suficiente pra ficar stalkeando diariamente a vida da pessoa. Sair cansa, e é dispendioso.



Mas como evitar se sentir chateada com essa sensação de solidão e isolamento que isso provoca?


  • O primeiro passo é repetir, como um mantra que todo mundo tem problemas. 
  • O segundo passo é pensar, seriamente, sobre a sua vida. Você acha que sua vida é infeliz? Aproveite para pensar naquelas pessoas ou nos tipos de postagens do facebook que mais provocam em você esse sentimento ingrato. Se você acha mesmo que é infeliz, então saia da internet e faça por onde mudar sua vida. 
  • O terceiro passo (se você acha que sua vida, no final das contas não é infeliz), é parar de medir sua felicidade pelo nível de postagem dos outros nas redes sociais. Na verdade, o terceiro passo é olhar menos para a vida dos outros. 



Não, não estou fazendo apologia para uma saída em massa do facebook. Mesmo com todas as teorias da conspiração em torno da coleta de dados, da ideia de solidão e etc. Continua sendo uma ferramenta fantástica para comunicação, desde que, evidentemente, nos o utilizemos de acordo com a sua essência: comunicar-se uns com os outros.

4 comentários:

  1. Oi tudo bom? Vim avisar que depois passei a acompanhar seu blog decidi te indicar para o "The Versatile Blogger Award". Parabéns! Confira a lista dos indicados no meu blog: http://www.carolmello.com/2013/07/the-versatile-blogger-award.html. Beijos! Carol Mello.

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    1. Oi Carol! Já passei lá no seu blog sim, inclusive to te seguindo. Novamente, obrigada pelo award! ^^

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  2. Gostei do post. Atualmente tudo anda tão vazio que não tem como não ficar triste. Pessoas cada vez mais passam menos tempo com os amigos e fazendo coisas que gostem e tudo é via facebook. Muito chato isso. Seu blog é lindo, btw

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    1. Sim, Hannah! O facebook é um vício, porque tudo parece tão simples e fácil ali... Pena que a vida não é assim. Obrigada pelo elogio, eu também fuço seu blog, to amando seus textos heuheuhe <3

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