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Resenhando: Legend



Título: Legend
Autora: Marie Lu
Editora: Prumo
Páginas: 256
Classificação: ♥ ♥ ♥ ♥

Sinopse: De mundos diferentes, June e Day não têm motivos para se cruzarem – até o dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado e Day se torna o principal suspeito. Preso num grande jogo de gato e rato, Day luta pela sobrevivência da sua família, enquanto June procura vingar a morte de Metias. Mas, em uma chocante reviravolta, os dois descobrem a verdade sobre o que realmente os uniu e sobre até onde seu país irá para manter seus segredos.


Essa será uma resenha suspeita pelo simples fato de eu estar viciada e amando o gênero distópico (Pra quem não sabe o que é isso, clique aqui). Bom, comecei a ler Legend por influência de uma amiga minha que disse que era legal, e que talvez eu fosse gostar. Peguei o livro pra ler e... Me envolvi de tal forma que devorei-o todo em menos de quatro horas. 

Mas não foi um envolvimento por ter me apaixonado pelo livro de imediato, longe disso, eu estava achando ele muito Jogos Vorazes, na verdade. Entretanto, as perguntas que iam se fazendo à medida que eu lia me impeliam a continuar a buscar as respostas nos capítulos que são feitos alternados pelo ponto de vista dos dois personagens principais, Day e June. E quando vi, já estava totalmente absorta na história.

Cheguei à conclusão que Legend não tem nada a ver com a trilogia da Suzanne Collins, exceto por serem do mesmo gênero e partilharem aquela coisa de um mundo pós-apocalíptico de recursos escassos e um governo que não é bem assim o que parece. Ah, e mais uma coisinha que não é motivo pra qualquer reclamação: A presença de uma personagem principal feminina forte. Mas as semelhanças terminam aí, porque June Iparis não é nem de longe igual a Katniss Everdeen.

June é a prodígio da república, por ter tirado a pontuação máxima numa espécie de prova que todos os cidadãos da República da América tem que passar e cujo resultado define o rumo de suas vidas. É muito inteligente, vigilante, fiel, esperta e tem uma impulsividade que a leva a insubordinação, o que num contexto militar (em que ela vive como membro das forças armadas) é uma combinação perigosa. Ah, e tem quinze anos, mas tudo bem, ela é prodígio, ela pode, afinal, entrou na melhor universidade aos doze.

Day é o criminoso número um da república, o mais procurado e odiado por quem está nos altos escalões do governo, porquê? Seus crimes tendem a revelar a fragilidade do sistema de segurança da república por serem relativamente simples, mas extremamente engenhosos. Ele é um garoto muito inteligente, criado nos setores mais pobres, carrega consigo todo o conhecimento e a opressão de viver à margem num país tão desigual. Além disso, carrega o fardo de não poder estar perto da família, da apreensão das revistas rotineiras dos soldados nas casas pobres, da epidemia da “praga” que é simbolizada por um xis vermelho nas portas das residências em quarentena. Eu particularmente continuei a ler mais por conta de Day, e já adiciono que ele foi o meu personagem favorito de 2013, e um dos favoritos até então.

Como os caminhos de Day e June se cruzam? O misterioso assassinato do irmão da menina-prodígio, o capitão Metias Iparis. Tudo leva a crer que Day foi quem assassinou Metias, tudo mesmo, inclusive a escrita do livro. Com a morte do irmão, June é diplomada com antecedência e se integra ao grupo da comandante Jameson, superior do seu irmão e do melhor amigo dele, Thomas. June é encarregada de rastrear e prender Day, dada as habilidades extraordinárias dela e, principalmente a sede de vingança pela morte do único membro da família e da pessoa que ela mais amava, claro que ela consegue. 

Mas aí (na verdade um pouco antes disso) é que as coisas começam a descambar para um lado totalmente inesperado, tanto para os personagens principais quanto para o leitor. Marie Lu dá uma reviravolta na história de uma forma tão impressionante que você chega a ficar de queixo caído em algumas cenas, principalmente nos capítulos narrados por June. Ela é a que mais muda do início do livro para o final, o modelo perfeito da república sendo descontruído para se reconstruir de uma forma que nem ela mesmo acredita. Eu gostei muito disso, no modo como a mudança de June é sentida por ela, refletida. Ela não está mudando “sem saber” ou “naturalmente”, e muito menos sem dor, há muita dor em chegar à conclusão de que você não conhece o mundo onde vive, principalmente quando você era considerada a mais inteligente e capaz do país inteiro.

E então, depois de terminar o final do livro eu fui, claro, atrás do segundo, Prodigy. Por que me viciou de tal forma que, eu não podia continuar sem saber que raios iria acontecer dali pra frente. E a comparação com Jogos Vorazes? Evaporou-se. Legend é único, e só não dou cinco estrelas porque confesso que achei que muitas coisas (relativamente simples, detalhes) em relação ao mundo pós-apocalíptico em que eles vivem ficou sem explicação nesse primeiro livro.

2 comentários:

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