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Resenhando: A Seleção



Titulo: A Seleção

Autora: Kiera Cass

Editora: Seguinte

Número de páginas: 361

Classificação: ♥ ♥ ♥


Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.


Juro que com essa sinopse foi difícil me convencer a ler o livro mesmo ele sendo uma distopia. Sinceramente? Um monte de garotas lutando por um garoto, ou melhor, pelo status dele? Eu passava, e ainda passo. Mas, fui lá, dei o braço a torcer e resolvi ler o bendito (e maldito em alguns vlogs-resenha) livro. A primeira impressão foi que America Singer, a personagem principal, é irritantemente chata, e deixa logo eu adiantar que permaneço com essa impressão mesmo depois de ler A Elite (resenha em breve). Ela é neurada, egoísta e de uma ingenuidade que beira a irritação que eu tinha com a Mia Thermopolis de ‘O Diário da Princesa’, aliás, lembro até de ter comentado com uma amiga que America tava mesmo me lembrando a Mia, especialmente nas partes de entrevistas do noticiário. Ah sim, essa tal seleção para a futura princesa de Illéa é tipo um reality show, com entrevistas, eventos filmados e tudo o mais, só que não chega a ser um Big Brother, é claro.

Como a sinopse diz, Illéa é um país novo, do que um dia foi o Estados Unidos antes de eles virarem uma espécie de colônia da China (futuro possível?) e depois se rebelarem. É um país constituído de uma monarquia e com sistema de castas, e você só descobre algumas poucas coisas porque a autora não explica o sistema direito, mostrando quais são e o que fazem cada uma. O fato é que quanto maior o número da sua casta, mais pobre e marginal na vida você é. America é da casta cinco, a casta dos artistas, e o seu amado fiel, Aspen, é da casta seis, a casta dos servos. E o drama todo é que o príncipe de Illéa, Maxon, fez dezenove anos e já está na idade pra casar, digo, precisa de uma consorte que poderá ser qualquer garota entre dezesseis e vinte anos, independentemente de casta. E sendo essa uma oportunidade única e inigualável para quem faz parte das castas inferiores de ascender, a mãe de America quer que a filha se inscreva. Dada a situação de penúria em que eles vivem, ela também sabe que poderia fazer isso, mas seu coração só quer saber de ficar com Aspen, mesmo que isso signifique ela decresça na hierarquia, se tornando uma seis.

O ponto é que Aspen acaba terminando com America por sentir-se humilhado com o fato de sempre ser ajudado por ela, afinal ele o “homem” da relação, e os homens quem tem que prover suas famílias/amadas, não o contrário (na opinião dele, evidentemente). Isso dá o gatilho para que ela se inscreva no concurso, sem muitas pretensões de passar, afinal, são muitas garotas participando. Mas, é claro que ela consegue, porque America, na verdade é bem talentosa e prendada, mesmo para uma casta seis (não sei porque, mas isso me lembrou um pouquinho da diva-mor Elizabeth Bennett de Orgulho e Preconceito). E então só de conseguir entrar nas top 35 garotas, ela deixa de ser casta seis e pula para casta três, além de sua família receber gordos cheques e suprimentos enquanto ela durar na seleção, e mais que isso, ela passa a viver no castelo da família real junto com as outras. O livro retrata as cenas do castelo, as aulas de etiqueta, foca em algumas personagens secundárias e a razão por elas estarem ali, nem todas pelo amor, é claro, mas a maioria com o desejo de se tornar rainha e também se apaixonar, eventualmente, pelo príncipe. E aí temos o bonitão do Maxon.

Maxon é um príncipe daqueles dos sonhos: educado, cavalheiro, gentil, atencioso e preocupadíssimo com seu país. Sempre aparentando tranquilidade e confiança. Confesso que eu gostei dele, do modo com a autora conseguiu construi-lo com dois lados, o príncipe dos sonhos, e o garoto de vinte anos que não sabe bem o que fazer e tem muito medo de falhar. Illéa é um país jovem que está em guerra, com dois grupos rebeldes, os do Sul e os do Norte, e ninguém sabe bem porque eles vivem tentando atacar o palácio, tipo, ninguém sabe mesmo (nem os personagens principais do livro). E isso não é muito divulgado para o resto do país para não criar pânico. O fato é que além de só ter uma chance de achar uma rainha (porque seria muito descrédito para um príncipe nem conseguir ser bem sucedido na vida pessoal), ele também tem que participar e ser ativo nas estratégias e reuniões do governo haja vista que o rei, seu pai, irá se aposentar futuramente.

O fato é que Maxon se apaixona por America que, por sua vez, não consegue esquecer Aspen, e portanto, rejeita toda e qualquer investida do príncipe, ainda que uma parte sua esteja bastante encantada por ele. E assim segue basicamente o livro todo, eles se tornam amigos, confidentes, e fica meio óbvio que ela já tá começando a gostar dele, mas não quer admitir. Na verdade, as cenas românticas são bem bonitinhas, não do tipo água com açúcar, mas do tipo que coisa fofa e POR QUÊ VOCÊ NÃO DIZ LOGO SIM PRA ELE AMERICA?! O que como disse, só reforça o porquê de eu ter detestado ela. Agora sem delongas, eu recomendaria o livro? Sim, se você procura romance leve, eu recomendaria bastante porque é bem cute-cute mesmo, agora se você quer algo distópico com o que tem direito, como autoritarismo, pandemia, controle da sociedade e etc… Não é uma boa pedida, porque não é o escopo principal desse livro, pelo menos do primeiro, mas eu acho válido tentar mesmo assim porque no segundo melhoram algumas coisas relativas ao que raios é Illéa e porque ficou daquele jeito e quem diabos são esses rebeldes.

8 comentários:

  1. Tô louca pra comprar esse livro.
    Beijinhos de Jessi Andie.
    Blog: http://estiloporai.blogspot.com

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    1. Compra sim! Eu vi ele super barato lá nas lojas americanas! Espero que gostes! ;)

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  2. Gostei bastante da sinopse, fiquei curiosa para ler o livro.

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  3. EU SOU DEFINITIVAMENTE APAIXONADA POR ESSA TRILOGIA, E JÁ LI A ELITE TAMBÉM TO ESPERANDO SAIR O ''THE ONE'' CARA <3 Ok, desliguei o caps lock, mas é sério, eu amo <3 Adorei o post!

    Beijos,
    http://diariodasquatro.blogspot.com.br/

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    1. HAIUHAIHUSUHASUHASA eu também to doida esperando pelo The One! E rezando pra que a America não faça nenhuma bobagem (TIPO REJEITAR O MAXON)

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  4. Eu ja tinha ouvido fala sobre essa triologia (e muito) uma amiga minha tem, mas como eu ja estava lendo uma serie acabei não comprando essa, mas agr que ja estou terminando eu pretendo comprar essa. adorei o post, sucesso ^^.

    http://noite-de-outono.blogspot.com.br/

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    1. compra sim! você vai se irritar com America, mas vai acabar ficando fissurada! :D

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